Além da busca de novos medicamentos para o Alzheimer, cientistas buscam descobrir os primeiros sinais da doença. De acordo com especialistas, isso é muito importante, pois várias drogas já se mostraram ineficazes em pessoas que já apresentavam os primeiros sintomas. E se os medicamentos pudessem ser administrados antes, adaptados para mudanças biológicas específicas (ou biomarcadores) no cérebro, o tratamento ou prevenção poderia ter mais sucesso.
Apesar das inúmeras pesquisas que existem no segmento, ainda não existem informações estabelecidas da comunidade científica sobre os fatores que promovem o desenvolvimento da doença. O que já se sabe é que o mal ataca o cérebro muito antes dos indivíduos apresentarem perda de memória ou declínio cognitivo. As descobertas feitas até o momento apontam que fatores de proteção estão ligados aos hábitos intelectuais e sociais de vida, assim como à alimentação e à atividade física. Especialistas acreditam que um idoso que se mostra interessado em ler, por exemplo, aumenta o que em medicina se chama de reserva cognitiva. Com isso, ele retarda o aparecimento da doença.
Médicos também recomendam que a pessoa cultive uma rede de amigos e tenha contato com eles com frequência. Isso porque já se observou que quanto mais limitado o círculo social do idoso, maior a probabilidade de ele ter Alzheimer.
A atenção aos hábitos de alimentação e atividade física também é importante para reduzir o risco do Alzheimer aparecer com o avanço da idade. A prioridade deve ser para uma alimentação saudável, que mantenha os níveis de colesterol e glicemia controlados. Além disso, a pressão arterial também deve ser mantida sob o controle. O idoso que não fuma e pratica exercícios físicos diminui o risco de ter a doença.
Apesar da dificuldade de diagnóstico, crescem os casos no Brasil
Embora não haja dados precisos sobre a doença, especialistas acreditam que a incidência de casos de Mal de Alzheimer tem aumentado no Brasil, como resultado do crescimento da expectativa de vida, decorrente do maior desenvolvimento do país.
A doença tem caráter progressivo e se agrava à medida que o tempo passa. A família é envolvida costuma demorar a perceber que o esquecimento pode caracterizar um sintoma da doença e não uma simples casualidade. Os problemas com a memorização não são os primeiros sintomas de Alzheimer. Por isso, os familiares não percebem o problema no início. O problema é tamanho, que 75% dos doentes desconhecem que sofrem do mal, de acordo com a ONU. Quando a família resolve procurar a ajuda de um especialista, ele faz uma exclusão de todas as outras doenças que causam o sintoma para chegar a um diagnóstico definitivo.
O diagnóstico precoce é fundamental no tratamento e os idosos devem começar a fazer exames com 65 anos para descobrir se são possuidores da doença ou não. Estes exames englobam em avaliação neurológica e neuropsicológica, que é realizada com um neuropsicólogo. Portanto, o paciente deve fazer um acompanhamento anual para conseguir detectar a doença no início.
